De novia abandonada a amante de um magnata - Curiosidades De Finanças
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De novia abandonada a amante de um magnata

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🎇 Capítulo 4 — Fogos de Artifício e Lágrimas Falsas

Na manhã seguinte, recebi a transferência: duzentos mil dólares.

Por mais irritada que eu estivesse, não havia a menor chance de eu rejeitar o dinheiro. Além disso, eu estava ansiosa para entregar o conjunto de joias pessoalmente… e ver o quão perto da morte Isabel realmente estava.

Guardei os diamantes em uma caixa de veludo e segui para o hospital.

No meio do caminho, meu telefone tocou.

Meu pai. Mariano.

Ótimo.

— Isabel está doente, e você — irmã dela — ainda não foi visitá-la nem uma vez — ele disparou no momento em que atendi. — Você é tão insensível quanto sua mãe!

Nem me surpreendi. Troquei o telefone de mão.

— Ah? Devo levar fogos de artifício? — perguntei calmamente.

— María! Que absurdo é esse que você está dizendo?!

— Para espantar os maus espíritos — respondi com um sorriso. — Ou você achou que eu ia aparecer de mãos vazias?

Silêncio.

Eu podia imaginar o rosto dele se contorcendo de raiva, e isso fez meu sorriso se alargar.

Mais tarde, parada do lado de fora do quarto de Isabel, hesitei.

Eu conseguia ouvi-los lá dentro — meu pai e Carmen — soluçando e lamentando como se estivessem em uma novela barata.

— María deve estar radiante — Carmen fungou. — Ela sempre odiou Isabel… e agora que ela está morrendo, provavelmente está sorrindo enquanto dorme!

— Por que o destino é tão cruel? — ela choramingou dramaticamente. — Por que aquela desgraçada da María não morreu no lugar do meu pobre bebê?!

Empurrei a porta com força.

Mariano estava consolando Carmen como se fossem Romeu e Julieta. Patético.

O barulho da porta batendo contra a parede fez todos pularem. Todos os olhares se voltaram para mim.

A temperatura no quarto caiu alguns graus.

Então Antonio deu um passo à frente, com aquele calor falso e calmo de sempre.

— María, você veio.

Ignorei completamente.

Peguei um isqueiro da bolsa… e um punhado de estalinhos.

— María, o que você está fazendo?! — Os olhos de Antonio se arregalaram de pânico.

— Comemorando — respondi simplesmente.

Meu pai finalmente entendeu.

— María, se você ousar—!

POP! POP! POP!

Acendi os estalinhos e os joguei perto dos pés de Antonio. Ele se abaixou e correu, todos no quarto entraram em pânico e se espalharam como pombos.

Foi um caos delicioso.

Se não fosse pelos outros pacientes no andar, eu teria trazido fogos de artifício de verdade. Mas mesmo os estalinhos foram suficientes.

O cheiro de pólvora rapidamente preencheu o ar.

Como esperado, o sistema de sprinklers disparou, transformando o quarto de hospital de luxo em uma cachoeira. O teto rugiu e a água começou a cair de cima.

Carmen e Isabel gritaram de horror, encharcadas dos pés à cabeça. Dei um passo para trás no momento certo para evitar me molhar.

Em segundos, enfermeiros, médicos e seguranças entraram correndo. Foi lindo.

O médico entrou furioso.

— O que está acontecendo?! Quem diabos achou que fogos de artifício eram apropriados em um hospital?!

Carmen, apontando para mim com dedos trêmulos, gritou:

— Foi ela! Prendam essa mulher! Ela está perturbando a ordem pública!

Mas o médico não tinha tempo para as besteiras dela.

— Primeiro, tirem a paciente daqui! O sistema de alarme de incêndio não vai desligar até ser reiniciado manualmente!

Isabel, agora encharcada em sua camisola hospitalar, se agarrou a Antonio, que a segurava protetoramente.

As enfermeiras se moveram rápido e designaram um novo quarto para ela. Antonio a pegou nos braços e a carregou para fora, me ignorando completamente.

Carmen me lançou um último olhar de ódio antes de sair atrás deles.

Mariano, com o rosto vermelho e pingando água, se virou para mim e rosnou:

— María, você vai se arrepender disso. Eu juro!

Nem pisquei.

Eu tinha vindo por um motivo — e ainda não tinha terminado.

Segui-os até o novo quarto de Isabel.

Ela já havia trocado para uma camisola seca, mas sua expressão não era mais frágil. Havia desafio por trás dos olhos lacrimejantes — embora ela ainda fingisse estar fraca.

— O que foi agora? — Carmen cuspiu assim que me viu entrar.

Ignorando-a, caminhei até a cama, tirei a caixa de veludo da bolsa e a coloquei suavemente na mesinha ao lado.

— Parabéns, Isabel. Você vai ter o casamento dos seus sonhos. E em breve… vai morrer em paz.

Carmen soltou um grito esganiçado.

— María, você—!

— É a verdade — dei de ombros.

O desejo de Isabel, aos dezoito anos, era casar com Antonio ou morrer tentando.

Bem, aparentemente, ela conseguiu os dois.

Mas, para minha surpresa, Isabel não reagiu com raiva.

Em vez disso, seus olhos se encheram de lágrimas.

— Obrigada, María — disse suavemente. — Obrigada por ter cedido. Eu sei que fui horrível com você crescendo… mas não guardo rancor.

Ah, me poupe do teatro.

— Se você era má quando criança, agora está pior — respondi friamente. — Você finge ser inocente, mas é tão manipuladora quanto sua mãe.

Ela estremeceu, mas continuou com a encenação de vítima.

— Eu só tinha inveja. Você era tão perfeita, María. Eu só… queria atenção. Você não entenderia como é viver de restos dos outros.

Eu ri alto.

— Você foi tratada como uma princesa. Enquanto isso, eu — a verdadeira herdeira — fui transformada em empregada doméstica.

— Mas agora é você quem está conseguindo tudo — ela sussurrou. — A empresa, o dinheiro… e em breve, até Antonio. Estou morrendo, María. Não sou mais uma ameaça para você.

Me inclinei mais perto, minha voz afiada como uma faca.

— Você pode estar morrendo, mas ainda é um incômodo.

— María! — Antonio interveio.

— Sua irmã está morrendo, e você está zombando dela? E se a próxima a adoecer for você?

Virei-me para meu pai e sorri friamente.

— Se isso acontecer, garanto que Isabel não vai descansar em paz. E sem sua proteção, ela não sobreviveria um dia contra mim.

— Chega! — ele rugiu.

Mas eu já tinha dito tudo o que precisava.

Dei um tapinha na caixa de joias e sorri.

— São suas. Ele já pagou. Aproveite.

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