A recente revisão das metas fiscais pelo governo brasileiro gerou repercussões significativas no mercado financeiro, afetando as expectativas para a taxa Selic. Consequentemente, inicialmente, previa-se a continuidade do ritmo de cortes da taxa básica de juros, impulsionando a retomada da economia. No entanto, diante das novas projeções fiscais, o cenário mudou consideravelmente. Assim, a incerteza aumentou e os investidores passaram a reavaliar suas estratégias. Os analistas agora preveem a manutenção ou aumento da Selic, dependendo da situação econômica e política.
No entanto, a flexibilização das metas fiscais alterou esse cenário, levando a uma revisão das projeções para a Selic.
Antes da Revisão
- Expectativa de Cortes na Selic: O mercado previa cortes na Selic, com expectativa de encerrar o ano em torno de 10%. Essa perspectiva era sustentada pela melhora da atividade econômica e pela benignidade do ambiente inflacionário;
- Fatores Favoráveis: A queda da inflação, além disso, a retomada do crescimento do PIB e a percepção de controle fiscal pelo governo contribuíam positivamente para o otimismo em relação à trajetória da Selic.
Depois da Revisão
- Expectativas Reduzidas: A revisão das metas fiscais, flexibilizando o teto de gastos públicos, gerou incertezas no mercado e levou a uma revisão das expectativas para a Selic. Portanto, agora, os analistas preveem que a taxa básica de juros termine o ano entre 10,5% e 11%;
- Fatores de Incerteza: O aumento do déficit fiscal e a possibilidade de um novo ciclo inflacionário no futuro, em decorrência da flexibilização fiscal, explicam a mudança nas projeções para a Selic.
Impactos no Mercado
- Desvalorização do Real: A revisão das metas fiscais contribuiu para a desvalorização do real frente ao dólar americano, reflexo da maior incerteza fiscal e do aumento do risco-país;
- Aumento das Taxas de Juros: A manutenção prolongada da Selic em níveis elevados aumentou as taxas de juros, prejudicando crédito e investimentos.
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